sábado, 13 de setembro de 2008

Divagações



Acendo um cigarro.
Não é vicio,é vazio.
E passa o fumo por entre ele depois de mim.
Sinto lhe o cheiro.
Dizem que é morte prematura,

Porem
inalo,apago...
Vagueio,é chato...
Ele passou e eu passo
e respiro,
inspiro o ar insípido,
o cheiro puro da noite nebulosa,
quem me contempla a alma desnudada cujas cobertas me levou o vento destemido...

Paginas soltas...
Rascunhos...
Estou em branco,
de palavras em punho que não uso nem desuso...
Silenciosos sonhos,
Divagações mudas,
ondas sonoras difusas...

E apago,
inspiro,
expiro,
mato,
passo a passo enquanto passo,
pedaço a pedaço,
a palidez dos meus labios por bâton vermelho...
peça a peça,despeço-me...

Se morte era,
da vida não me levou a vida afinal!



quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Silêncio

O silencio não é ouro, bronze ou prata.
O silencio duvidoso mata...
E mói...
Quantas vezes o silencio nos dói?

Quando é palavra não verbalizada
Conversa urgente mas adiada
Quando é sentimento reprimido
Choro abafado e escondido
Quando nos atinge no seu grito cortante
Porem inaudivel
Na sua soberbidade invisivel...


E sim
O silencio mata e mói
É certo que o silencio doi!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Viagem ao meu mundo

Ai o meu mundo!
Este meu mundo...
Tão tristemente profundo
De uma dor absurda onde mergulho e me afundo
Este débil mundo...
Ao qual sorrio cinicamente
Na tentativa de acreditar que sou feliz
Que eu,sou mesmo eu
Que fui e sou o que sempre quis

Mas,ao sorrir,minto
Nunca o fui nem o sinto
Mas sorrio abertamente
Á felicidade que a minha alma deveras sente...
Á velha ilusao que não é de agora
Á irrealidade fatal que demora
E se demora!

Já não ando,arrasto me
Ao longo de cada dia perdido
Na vastidao de um espirito temeroso
Que á nascença foi deixado á sua sorte...
Até á morte...
Á morte...
De quem tem um segredo...
Medo..
Só medo!

Liberdade (?) I

Liberdade prisioneira
Liberdade repressora
Prisao de sentimentos
De uma vida avassaladora

Estou incompletamente livre
Parcialmente presa e limitada
Oiço o choro escondido
De uma alma despedaçada

Vida...
Uma prisão a céu aberto
Cela de experiencias e sentimentos
Sombra de uma liberdade
Que apenas possuimos em pensamento

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sonho de um vazio real

Esta noite sonhei
Sonhei realmente
Que a suposta dor que sinto
De vazio não passa certamente!

Mas,
Quem diz que o vazio não dói,
Quem o diz não sente
Nem tão pouco sabe que,
á sua mente,
certamente mente...
Mente, porque não sabe nem sente!

Esta noite sonhei vagamente
No vago tão preenchido do subconsciente
Que a vida sem vida não é vivida
Não sem dor
Ao longo de uma estrada obstruída
Pela ausência fatal de um concreto amor
Da razão, de razoes...
De um sentido sentido em todas as emoções
Que,sempre,
No vago do infinito eu semeio e enleio
Aos sonhos que esta noite eu sonhei

Sim...
É tudo vazio...
Eu sinto...
Eu sei...
que causa ferida e por isso dói
Só não dói a quem não sente
A quem não sabe certamente
O que é certo para,quem, sabendo,sente
Que maior frustração não há
Que estar vivo e existir simplesmente!