segunda-feira, 20 de abril de 2009

Anomia

Prostrada estou
De braço ao peito
De coração desfeito
Do que do coração restou
e sangro infinitamente
uma dor dormente
Desta dor que se sente
Por sentir quem sou

Prostrada fico
Ébria,
Descalça
Consciente
Perante a compaixão falsa
Diante da maldade da gente

Se prostrada estou
de braço ao peito

de coração desfeito
Do que dele restou
É só porque me provoca agonia
A tamanha anomia
A que vida humana tornou!

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