domingo, 10 de maio de 2009

A woman left lonely- Janis Joplin





A woman left lonely will soon grow tired of waiting,
She’ll do crazy things, yeah, on lonely occasions.
A simple conversation for the new men now and again
Makes a touchy situation when a good face come into your head.
And when she gets lonely, she’s thinking ‘bout her man,
She knows he’s taking her for granted, yeah yeah,
Honey, she doesn’t understand, no no no no!

Well, the fevers of the night, they burn an unloved woman
Yeah, those red-hot flames try to push old love aside.
A woman left lonely, she’s the victim of her man, yes she is.
When he can’t keep up his own way, good Lord,
She’s got to do the best that she can, yeah!
A woman left lonely, Lord, that lonely girl,
Lord, Lord, Lord!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Lembro-me dos dias puros
em que a luz ludibriava os teus caracóis loiros e,
com eles,
bailava graciosamente na brisa quieta da Primavera,
aquilo que era já cheiro a mar salgado e gargalhadas soltas
á sombra do sol escaldante de Agosto.
Lembro-me dessa dança mágica
Sem tempo, sem medo, sem dor
e da candura dos teus olhos claros,
como águas cristalinas cheias de vida ainda curta
como a idade dos nossos dias.

Sei que fomos felizes ao cantarolar de mãos dadas
juras eternas á amizade,
tão óbvia e simples como as letras do alfabeto,
tão inocentes quanto a nossa visão do amor,
sempre doce como chocolate
onde a eternidade se personificava num beijo só.

Lembro me que carregávamos sonhos maiores que o sol,
enquanto brincávamos ao faz-de-conta, sentadas á porta
de um fim da tarde, depois da escola,
e de todas as pequenas coisas que nos preenchiam os dias
quando a eles se podia ainda dar esse nome.

Somos ainda crianças, eu sei!
Mas já tão mais crescidas e tão mais pequenas
Diminuídas á cadencia dos anos.
Adultos,serpenteando entre as pedras do caminho
Onde seremos sempre aquelas crianças peregrinas
Carregando sonhos maiores que o sol
agora mais pequeno que o nosso mundo
Mas, que ainda assim,
Será sempre lembrança quente nos gélidos dias de tempestade
E nos trará a memória a sentida saudade de uma outra infância...

"O homem de bem,no meio dos malvados, resvala sempre!
Nós estamos acostumados a associarmos-nos ao mais forte, a pisar quem está no chão e a julgar segundo as circunstâncias. "

Hugo Foscolo

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Velhice

Não sei como será
Nem sei se me espera
O fim da primavera
A era dos dias transbordantes de um futuro sem idade
Nem sei se virá ao meu tempo
O tempo longínquo da mocidade

Hoje vi a alma da velhice
Na palidez de corpos tortos
De seres vivos já meio mortos
Vagueantes na bruma de uma casa escura
Que cheirava a nostalgia
Da amarga vida fugidia
De uma saudade sem cura

E fitei, como se o mundo fosse invisível
Os rostos pálidos, sem expressão
As rugas de abandono,
Cravadas sem piedade
No indecoroso corpo da solidão
Que das memórias pouco resta
E os afectos são uma miragem
Carcaças humanas, história antigas
Votadas a um esquecimento selvagem

Não sei como será
Nem sei se me espera
O fim da primavera
A era da dor sem fim
Nem sei se me calhará a mim
A espera lenta pela morte
Mas a velhice,a ser assim
Não é velhice digna,
Nem é vida, nem é sorte!



sábado, 2 de maio de 2009


Por entre a nesga brumosa da manhã
Por entre os lençóis de uma cama vazia
Renasce em mim uma vontade afã
De matar com prazer a nostalgia

Dou á luxuria um corpo esquecido
E ao esquecimento um corpo cansado
Encenando um monologo sem fim
No palco vazio de mim
Sem dialogo previamente ensaiado

Bebo sofregamente cada gota de prazer
Bebendo o sabor amargo do teu suor
Desse gemido constante que me faz tremer
á poesia de um corpo que sei de cor

Torno me chama inabalável e ardente
Incendiando-me no fogo da sensualidade
Numa cama fria,amarga,vazia
Onde o corpo se rende á vontade


Onde a saudade é princesa e rainha

E eu rastejo por deliberada escravidão
De ver num cigarro apagado
A imagem de um momento imaginado
Da mais ousada e extrema paixão!

"Roads"

ohh...can t anybody see...

(...)

Storm...in the morning light
I feel
No more can I say
Frozen to myself...

(...)