sábado, 2 de maio de 2009


Por entre a nesga brumosa da manhã
Por entre os lençóis de uma cama vazia
Renasce em mim uma vontade afã
De matar com prazer a nostalgia

Dou á luxuria um corpo esquecido
E ao esquecimento um corpo cansado
Encenando um monologo sem fim
No palco vazio de mim
Sem dialogo previamente ensaiado

Bebo sofregamente cada gota de prazer
Bebendo o sabor amargo do teu suor
Desse gemido constante que me faz tremer
á poesia de um corpo que sei de cor

Torno me chama inabalável e ardente
Incendiando-me no fogo da sensualidade
Numa cama fria,amarga,vazia
Onde o corpo se rende á vontade


Onde a saudade é princesa e rainha

E eu rastejo por deliberada escravidão
De ver num cigarro apagado
A imagem de um momento imaginado
Da mais ousada e extrema paixão!

1 comentário:

Fredupe disse...

Isto é a sequência da conversa que tivemos no ultimo dia ou que? :p