
Por entre a nesga brumosa da manhã
Por entre os lençóis de uma cama vazia
Renasce em mim uma vontade afã
De matar com prazer a nostalgia
Dou á luxuria um corpo esquecido
E ao esquecimento um corpo cansado
Encenando um monologo sem fim
No palco vazio de mim
Sem dialogo previamente ensaiado
Bebo sofregamente cada gota de prazer
Bebendo o sabor amargo do teu suor
Desse gemido constante que me faz tremer
á poesia de um corpo que sei de cor
Torno me chama inabalável e ardente
Incendiando-me no fogo da sensualidade
Numa cama fria,amarga,vazia
Onde o corpo se rende á vontade
Onde a saudade é princesa e rainha
E eu rastejo por deliberada escravidão
De ver num cigarro apagado
A imagem de um momento imaginado
Da mais ousada e extrema paixão!
1 comentário:
Isto é a sequência da conversa que tivemos no ultimo dia ou que? :p
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