sábado, 11 de julho de 2009

Já não sei...

Já não sei das horas,não tenho tempo
e os relógios pendem abandonados das paredes cálidas
como folhas mortas ao vento de Outubro,
como gotas de chuva nos beirais dos meus olhos sem horizonte.

Calendários raros...
Dias incertos
condensados nas incontáveis folhas virgens
de um diário nunca antes escrito
e eu,
sem saber dos dias,
vejo partir em cada comboio o meu sonho
para parte incerta
fico deserta sem saber de mim,
imprimo ao acordes guitarra,
elegias inenarraveis do meu eterno fim

Pois já não sei do tempo
e o tempo é tão vital
Mas quem não sentiu já na vida,
a morte tão viva afinal?

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