quarta-feira, 15 de julho de 2009


Mostra-me as cores do arco-íris
no voo picado de um breve beijo eterno.
Nada mais te peço que essa partida e essa chegada.
Nada mais quero que essa meta e essa viagem
e um copo de vinho a embriagar-nos os sentidos.
Dança comigo o tango improvisado,
a voluptia escarlate pulsando do meu regaço
e ensina-me os passos tontos sem latitude,
o abrupto rodopio dos corpos.

Dialogos mudos...
Nada de palavras...
Um monologo a dois
que a carne sara lenta
e o tempo está adormecido...

Quero nada mais que um minuto,
um beijo,
outro fôlego
e brincar ao faz-de-conta,
á cabra cega,
ao toque sem rumo,
ao tacto sem direcção.
Quero nada mais que vaguear na rua de um país qualquer,
provar o sol,
a acidez insípida da chuva e,
de mãos dadas,
ainda que mutilada a minha voz,
poder contar-te baixinho
sobre esta certeza de que te amo!

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