quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Pegadas

Ficaram as pegadas grossas cravadas nos grãos de areia fina...
Eu, vim fingir que o eco dos passos trémulos podem deixar marcas nos beijos que o mar concede ás ondas, no desmaio constante de espuma branca sobre o caminho dos homens.
Restaram traços difusos como resta o orvalho das madrugadas frias , como absoluta é em nós certeza de que a noite e o amanhecer são amantes que percorrem o mundo de maos dadas.

Eu, vim fingir que este farrapo solto de caminho é um trilho vitalicio na desmemoria infinita do universo e, fiz dele um momento único que imprimi religiosamente num retrato a preto e branco onde o azul do céu, o burburinho do mar, o voo sem rumo das gaivotas e o vento que me acaricia os cabelos, ficarao gravados para sempre.
Arrepia me o sossego do nada que nada mais inócuo pode haver do que o esquecimento que não retorna ás lembranças de quem apenas o nome irá um dia permanecer na historia desta breve passagem eterna...

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