segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Vem...


Vem, não me deixes só nem que a meu lado fique o mundo inteiro.
Vem,abraçar-me na penumbra do arrependimento,
no compasso em que me embala o vento noctívago.
Eu vagueio em mim para te encontrar e em ti vagueio a procurar-me.
Vem,que a estrada que nos separa é mera estrada só
E seria fantasia se a saudade não fosse fria no seu percurso veloz.

Vem, não me deixes só ainda que a meu lado fique o mundo inteiro,
que o meu corpo arrefece no abismo dos lugares onde estão todos e não estando tu, eu ninguém vejo se não a ti.
Vem que o meu peito clama por um pedaço que é pouco
do pouco que ainda tenho junto de mim.

E é noite…e chove
E mistura se na vidraça o meu fôlego decadente
e a agua dormente de uma nuvem que morreu
E os meus olhos vagueiam sobre o mundo em busca de num minuto
ter um único segundo teu

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