Saboreio a languidez latente dos teus olhos
e dispo a pele
que me repele os intentos
Sem lamentos me rendo,
tendo ou não tendo,
á prisão dos sentimentos.
Amparo em meus braços o desmaio dos teus
São pecados meus sem penitência possível
Mas sem lamentos me rendo
á confirmação do invisível
Ai de mim que corro e não fujo!
Ai de ti que te dás por prazer!
E no calor do meu corpo
deixas teu ávido corpo arder
no berço mágico de meu leito
do regaço do meu peito
que em teu peito quer morrer!
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