Perdoa-me a franqueza,
a fraqueza (?)
de te querer fim
destino comum dos homens
não esqueças tu o que resta de mim
que a dor não é branda
nem abranda...
A dor é mulher má
é esta ferida corpórea que tresanda
a toda a ferida latejante que há
Perdoa-me o arrojo
Se é este o dia em que morro
e me confesso
dizendo que há muito desejo finar
Que morrer foi o que sempre pedi
Sem demoras...
Sem definhar!
Oh dignidade
Se nascer não foi opção
Que se cumpra
a minha mais lúcida vontade
Não é vida esta realidade!
De ser só corpo mantido em vão!
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